A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, agência para controle de medicamentos, aprovou na última semana a tafenoquina (Krintafel), primeiro medicamento de dose única para “cura radical” da malária, causada pelo Plasmodium vivax em pacientes com ≥ 16 anos, que estão recebendo terapia antimalárica para infecção aguda.
A droga foi desenvolvida pela GSK em parceria com a Medicines for Malaria Venture (MMV), como uma alternativa à primaquina, utilizada no tratamento da recidiva da malária e que pode causar anemia e mal-estar. Para a aprovação da nova opção terapêutica, foram realizados três estudos randomizados, duplo-cegos, que testaram a tafenoquina em uma dose única de 300 mg em mais de 800 indivíduos. A eficácia foi semelhantes à da primaquina.
LEIA MAIS: Malária – o que você precisa saber sobre a profilaxia para viajantes
Contraindicações
A tafenoquina é contraindicada para pacientes que são alérgicos à tafenoquina ou outros agentes contendo 8-aminoquinolina, e para aqueles que são deficientes em glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD).
Além disso, a nova droga não deve ser administrada em mulheres que amamentam uma criança com deficiência de G6PD ou em uma criança que ainda não foi testada.
Efeitos adversos
As reações adversas mais frequentes (5%) observadas com o uso de tafenoquina em ensaios clínicos foram:
- Tonturas
- Náuseas
- Vômitos
- Dores de cabeça
- Redução da hemoglobina
Sobre a tafenoquina
O novo medicamento é um derivado da primaquina, com atividade contra todos os estágios do ciclo de vida do P. vivax, incluindo hipnozoítos. Foi sintetizado pela primeira vez em 1978.
LEIA MAIS: Malária
Fonte: Vanessa Thees 02/08/2018 Infectologia, Saúde Pública
Referência: PebMed e US – FDA