Tratamento com Estimulação Magnética Transcraniana
A EMTr – Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva, é um tratamento que estimula o cérebro com ondas magnéticas, semelhantes às utilizadas nos aparelhos de ressonância magnética.
De uma forma geral, essas ondas magnéticas modulam os neurotransmissores como a serotonina, dopamina, noradrenalina e glutamato, responsáveis por propagar os impulsos nervosos do cérebro e manter o bem-estar.
Com eficácia comprovada e reconhecida pelo FDA e CFM, a estimulação magnética é uma técnica inovadora para o tratamento da depressão, esquizofrenia e outras doenças psiquiátricas.
O tratamento é conduzido pelo psiquiatra, que após avaliação de cada caso, determina o número de sessões e garante a segurança do paciente. As primeiras aplicações devem ser realizadas diariamente, com intervalo no fim de semana. O tratamento é realizado no consultório e, em geral, não apresenta efeitos colaterais.
Procedimentos da Estimulação Magnética Transcraniana
O procedimento é realizado no instituto, sendo que as aplicações duram cerca de 30 minutos e são conduzidas por um médico psiquiatra, conforme exigência do Conselho Federal de Medicina (CFM). Isso torna o tratamento seguro e a avaliação da evolução do quadro mais precisa.
O paciente fica consciente, sentado em uma poltrona, durante a aplicação e, em geral, não apresenta efeitos colaterais. Entretanto, alguns pacientes sentem uma leve sensação de desconforto, principalmente nas primeiras sessões, como dor de cabeça e vermelhidão, que, em geral, passam logo após as aplicações.
Na fase inicial, são indicadas de 15 a 20 sessões. Após essa etapa, o médico definirá a periodicidade de manutenção.
Algumas contraindicações são relativas, como em pacientes que sofreram algum tipo de neurocirurgia (com clipe metálico inserido), ou que possuam aparelho biomédico (como marca-passo), e quadro de epilepsia não tratada.
Assista ao vídeo de uma aplicação e saiba mais.
Benefícios da Estimulação Magnética Transcraniana
- Tratamento Aprovado pelo FDA, ANVISA e CFM.
- Eficácia comprovada. Em sua tese de doutorado na Universidade de São Paulo, o Dr. Moacyr Rosa, diretor do IPAN, realizou estudo comparativo entre EMTr e ECT (Eletroconvulsoterapia), na depressão grave refratária. Os dois tratamentos apresentaram eficácia equivalente, com uma taxa de redução de 42% na Escala Hamilton (instrumento auxiliar no diagnóstico da depressão), resposta clínica de 46% e remissão de 14%.
- Poucos ou ausência de efeitos colaterais (leve desconforto nas primeiras aplicações e dor de cabeça passageira).
- Rápida resposta ao tratamento (geralmente após uma semana de aplicações).
- Tratamento seguro, não invasivo, não requer anestesia.
- Não é preciso interromper o tratamento com medicamentos para iniciar a EMTr.
- Tratamento definido individualmente, com cada paciente.
- As aplicações são realizadas por médicos psiquiatras. A cada sessão o profissional avalia junto ao paciente a evolução do tratamento.
- Tratamento não limitador, as atividades podem ser seguidas normalmente (por ex: trabalhar, estudar).
- Após o tratamento inicial (de 15 a 20 sessões), o psiquiatra avalia qual será o programa de manutenção.
História da EMTr – Como surgiu
Em 1896, no Séc. XIX, o médico, físico e inventor francês Jacques-Arsène D’Arsonval começou a pesquisar os efeitos do magnetismo sobre as emoções. Já nos anos 40 do Séc. XX foram iniciadas pesquisas com estímulos magnéticos na fisiologia animal. Mas foi só em 1985, na Grã-Bretanha, que surgiu o primeiro equipamento estimulador magnético semelhante ao utilizado hoje, sendo que, nos anos 90, a técnica começou a ser pesquisada e utilizada em estudos nos Estados Unidos.
Em 1992, a Estimulação Magnética Transcraniana começou a ser aplicada na psiquiatria com resultados surpreendentes no tratamento da depressão, esquizofrenia e outras doenças. Em 1996, a equipe do IPAN iniciou pesquisas em Estimulação Magnética e, em 2004, o Dr. Moacyr Rosa defendeu sua Tese de Doutorado em Estimulação Magnética, a primeira do Brasil.
A técnica foi aprovada pela FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora dos EUA, em 2008 e, em 2002, no Canadá. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regulamentou o uso do aparelho de Estimulação Magnética em março de 2007.
Outro marco importante foi a regulamentação da EMTr pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em maio de 2012, com a publicação da resolução que afirma que o uso da EMTr deve ser feito por médicos e nas seguintes situações: depressão unipolar e bipolar; esquizofrenia (nas alucinações auditivas); planejamento de neurocirurgia.
Atualmente mais de três mil equipamentos de Estimulação Magnética Transcraniana são utilizados em todo o mundo para diagnóstico, pesquisas e tratamentos. Mais de 100 clínicas já oferecem este tratamento, com eficácia comprovada e muitas delas focadas na melhoria dos quadros de depressão e esquizofrenia.
Fonte: Ipan
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