A distonia e as descobertas do Dr. Farias – Parte III (final)

22 de janeiro de 2024

Sobre o método

Olá,

Certamente você que acompanha o blog e sabe que venho falando a respeito do Dr. Farias e seu método inovador para tratar distonias. Neste post, faço um fechamento desse assunto. Mas isso não quer dizer que não teremos outras novidades sobre esse profissional. Afinal, ele é muito mais do que um médico e pesquisador.

Como funciona o método do Dr. Farias

Certas condições neurológicas nos fazem esquecer como nos movemos. O que o Dr. Farias faz com sua proposta de tratamento é despertar caminhos neuronais silenciosos no cérebro, trazendo movimentos perdidos, emoções e lembranças de volta à vida.

Ele percebeu que a maioria dos pacientes afetados pela distonia experimenta movimentos inesperados por razões desconhecidas. Observou que tanto a coordenação adequada como a coordenação disfuncional, coexistem simultaneamente nesses pacientes. Isso fez com que abraçasse a hipótese de que o corpo é capaz de restaurar naturalmente a própria coordenação em menos tempo do que se supunha.

O objetivo do seu treinamento é facilitar esse processo de reorganização, conhecido como neuroplasticidade. Seu método é chamado de Treinamento Neuroplástico Dr. Farias e Terapia de Movimento Neuroplástico.

Movimentos involuntários

Além disso, ele descobriu que as tensões involuntárias ocorrem devido a vários fatores. Conhecê-los permite que você tenha controle sobre eles. O processo de recuperação pode ser induzido a se desenvolver naturalmente. Durante este processo, você deve usar sua imaginação e prestar atenção ao relacionamento sutil entre as suas emoções e os seus movimentos.

A teoria do Dr. Farias considera espasmos musculares e tremores, como reações lógicas e significativas enviadas pelo corpo humano. Como se fossem respostas a estímulos e perguntas. Ele classificou as diferentes reações observadas e as associou a diferentes significados pelo corpo. Ele afirma que os espasmos respondem a padrões de defesa inconscientes e que seguem uma sequencia predeterminada que foi programada no passado. E acredita que se esta sequência for analisada, pode ser desmantelada.

Seus estudos se aprofundam no fenômeno de rastreamento da atividade cerebral, sincronização hemisférica e uso da estimulação sensorial rítmica para induzir alterações neuroplásticas no cérebro, durante a reabilitação de distúrbios neurológicos. A pesquisa também se aplica a Disritmia Tálamo-Cortical induzindo sincronização através da exposição a ritmos externos e internos durante o treinamento baseado em exercícios. Seu trabalho leva em consideração as conexões entre emoções e movimentos, e presta especial atenção ao papel que o ritmo e o tempo desempenham na coordenação motora.

Pioneirismo

Ele é um pioneiro nesse campo de pesquisa e abriu novos horizontes de pensamentos na compreensão dos processos neuroplásticos envolvidos no treinamento de movimento. Trouxe à tona o conceito de que as pessoas afetadas pela distonia também são afetadas pela agnosia e por amnésias específicas relacionadas às tarefas. Ele ressalta em seu trabalho que, dando atenção específica a esta reeducação, as agnosias e amnésias são reduzidas.

Inclusive, ele considera que o termo distonia não descreve com precisão a realidade que os pacientes enfrentam. E assim, criou um novo termo para os fenômenos que é: Transtorno da Confusão do Movimento (achei bem propício), uma vez que entende o distúrbio como algo que precisamente engloba a mecânica em jogo no cérebro.

Para ele, a distonia é uma falta temporária ou perda de precisão na atividade cerebral. Por isso, o seu treinamento visa reativar o cérebro e restaurar a função adequada dos processos cognitivos, percepção e funções motoras. Esta nova visão permitiu alcançar melhorias e recuperações sem precedentes em pacientes afetados por vários males, incluindo a distonia dos músicos,  blefaroespamo, distonia dos atletas, distonia dos cirurgiões, distonia cervical, distonia do tornozelo, distonia generalizada e doença de Parkinson.

A  neuroplástica do Dr. Farias baseia-se na lembrança de funções perdidas e uma forma de reinstalá-las. Por esta razão, o Dr. Farias se referiu em primeiro lugar, ao seu método como “a arte de se lembrar”. Em sua opinião, os pacientes afetados pela distonia vivem presos em um ciclo cerebral que atualiza memórias de movimentos errôneos. Para quebrar o loop, é necessário fazer uma regressão de resgate para as memórias originais do movimento apropriado, e usá-los para regenerar os caminhos neurais funcionais.

Resultados

Exames de ressonância magnética funcional (IRMF) mostraram que, após completar o treinamento, a atividade cortical normal nos cérebros dos pacientes foi restaurada.

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Até a próxima!

 

Para saber mais sobre o Dr. Farias e seu método acesse:

https://www.fariastechnique.com/

 

 

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