Luiz Eduardo M. Martins

28 de maio de 2020

Meu nome é Luiz Eduardo Mesquita Martins, tenho 21 anos, sou estudante, moro na Chapada Diamantina, na Bahia, mais precisamente em Inúbia, distrito de Piatã.

Primeiros sintomas

Os primeiros sintomas surgiram em 2015; contrações involuntárias ao dormir. Após isso, intensidade e freqüência aumentaram. Professores notaram dificuldade na escrita, familiares perceberam diferenças na minha aparência física e no comportamento. O problema se agravou no lado esquerdo e na região cervical. Surgiram também: fobia social, ansiedade, chegando a depressão. Houve muita mudança na minha vida. A doença me limitou muito durante esse período, mas também aprendi com a doença que nós somos ilimitados.

Diagnóstico e luta

Descobri o que era dois anos após os sintomas aparecerem. Passei por diversos profissionais de saúde desqualificados e sofri acusações como: “você está louco”, “é usuário de drogas ilícitas”. Depois de muita busca, fiquei desanimado e resolvi estudar o meu próprio caso através de artigos; sintomas e relatos semelhantes. Sou portador da distonia; uma doença crônica, pouco conhecida, que tem tratamento. Passei por novos especialistas e fiz fisioterapia. Após um tempo, encontrei um ótimo profissional que fazia reeducação postural global (RPG), liberação miofascial, pilates, quiropraxia, que acabou se tornando um amigo. Também passei por clínicos gerais e ortopedistas, e fui diagnosticado com inversão da lordose e começo de cifoescoliose. Retornei ao neuro, fui oficialmente diagnosticado com distonia e comecei a aplicação botulínica. Iniciei, na época, tratamento psicológico e psiquiátrico. Atualmente, me trato com uma neurologista, psiquiatra e psicoterapia.

Experiência

Aprendi lições nesta caminhada. Tudo depende do seu olhar. Com a distonia, tenho uma visão de mundo diferente. Ela me “ensinou” a ser mais empático, prestativo. Hoje, sou um ser humano melhor. Os contratempos me formaram. Como dizia Isaac Newton na sua 3ª lei “para toda ação haverá uma reação”. E foi assim, através de relatos, que eu encontrei ajuda. Quero compartilhar a minha vivência, porque é compartilhando que se multiplica. Só assim, doenças pouco conhecidas tornar-se-ão mais populares no Brasil e no mundo.

 

 

Posted in Depoimentos de Pacientes by Administradora - Nilde Soares

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