DISTONIA NA INFÂNCIA

22 de janeiro de 2024

Os distúrbios do movimento anormais são classificados como parkinsonismo, distonia, tremor, coreia, mioclonia, tiques, estereotipias e distúrbio do movimento complexo. A distonia é descrita como uma contração dos músculos agonistas e antagonistas, simultaneamente, causando torções e movimentos repetitivos ou posturas anormais.Quanto mais precoce a idade de início, mais generalizada e grave a condição tende a ser.

Movimentos distônicos

Os movimentos distônicos são padronizados e sustentados. Eles envolvem repetidamente os mesmos grupos musculares. Não há urgência para realizar os movimentos distônicos, e não há alívio após a execução dos movimentos distônicos. A distonia geralmente piora com fadiga e estresse emocional e melhora com sono e relaxamento. Fotografias e vídeos de lactentes afetados, são úteis no delineamento dos movimentos distônicos. O acompanhamento periódico é frequentemente um pré-requisito para a elaboração de um diagnóstico preciso.

Tipos de distonia infantil

O termo infantil, nesse caso, refere-se a crianças <2 anos de idade. De todos os casos de distonia, 45% são primários  e 55% são secundários (35% relacionados a síndromes específicas; 20% a outras causas secundárias). Tipos sindrômicos são mais relacionados a doenças metabólicas.

O diagnóstico envolve o reconhecimento dos movimentos anormais como distônicos e então a categorização do tipo. Muitas condições, embora não sejam realmente distonias, mimetizam distonias (por exemplo, estereotipias) e precisam ser consideradas no diagnóstico diferencial.

Vários tipos de distonia têm maior probabilidade de desenvolver a complicação grave de status dystonicus (tempestade distônica). Isso requer terapia urgente. Além disso, é importante diagnosticar corretamente algumas das condições que mimetizam a distonia primária, pois elas requerem tratamento específico urgente.

As armadilhas no diagnóstico incluem o fato de que a distonia dopa-responsiva (síndrome de Segawa, distonia-parkinsonismo com flutuação diurna) em geral é diagnosticada erroneamente como paralisia cerebral diplégica ou quadriplégica espástica, epilepsia intratável ou paraplegia espástica hereditária.  Esse diagnóstico precisa ser considerado em qualquer criança com hipertonia paroxística progressiva de origem desconhecida.

Posted in Blog by Administradora - Nilde Soares

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