Tonturas ao se levantar ou ao sentar? Você pode estar com disautonomia. Esse problema surge quando há um desequilíbrio no sistema nervoso autônomo, também conhecido como sistema nervoso vegetativo. Dividido em 2 regiões – simpático e parassimpático -, sua função é coordenar as funções automáticas do organismo de forma antagônica. Em termos práticos, enquanto o sistema simpático aumenta os batimentos cardíacos e contrai os vasos sanguíneos, o parassimpático faz o inverso: diminui as batidas e dilata os vasos. Em pessoas com disautonomia, entretanto, essas funções apresentam-se em desequilíbrio.
Entre as variadas formas de disautonomia está a síndrome vasovagal. Caracteriza-se pela queda súbita da pressão arterial e diminuição dos batimentos cardíacos quando se está em posição ortostática (de pé). Nessa posição, é natural que o aporte sanguíneo cerebral diminua e, como contrapartida, o sistema simpático estimule o aumento dos batimentos cardíacos, de forma a elevar a quantidade de sangue no cérebro. Porém, em pessoas com essa síndrome, esse estímulo provoca o reflexo de Bezold-Jarish, que, desencadeado pelo sistema parassimpático, acarreta o oposto: a redução dos batimentos e a dilatação dos vasos sanguíneos. Como a taxa de oxigênio no cérebro diminui, a pessoa corre o risco de desmaiar.
Uma outra forma de disautonomia, mais frequente que a síndrome vasovagal, é a Pots (síndrome ortostática postural taquicardia). Esse problema manifesta-se por meio da queda da pressão arterial e aumento do batimento cardíaco quando se está em pé, o que também pode ocasionar tonturas e até desmaio. Em meio a uma crise, uma ótima dica é recorrer à manobra de Valsalva: com os lábios cerrados e o nariz tapado, exale o ar, mantendo-o dentro do corpo. O resultado é o aumento da pressão arterial e a melhora da tontura.
Principais causas
A disautonomia pode acometer todas as pessoas, de diferentes idades, mas ocorre com mais freqüência em mulheres. Entre as principais causas encontram-se fatores genéticos, hereditariedade, doenças virais, autoimunes (diabetes e síndrome de sjögren), cardiovasculares e neurológicas degenerativas (doença de parkinson), fibromialgia, exposição a produtos químicos e traumatismos na cabeça.
Sintomas
Os sintomas mais comuns são: fadiga extrema, taquicardia, tontura, dor de cabeça, dormência, comprometimento da função motora, visão turva, boca seca, angina, distúrbios gastrointestinais, alterações da pressão arterial, impotência, desmaios, crises de ansiedade, infarto do miocárdio indolor e parada cardiorrespiratória.
Tratamento
Em nossa clínica, por meio de um pequeno equipamento – o pulso oxímetro -, juntamente com um aparelho de pressão e um termômetro, conseguimos diagnosticar o problema. Com a neurociência funcional, buscamos equilibrar o aporte sanguíneo no cérebro e estimular o sistema parafloco nodular. Dessa forma, regulamos a musculatura das artérias que alimentam o encéfalo, o que contribui para o restabelecimento do sistema nervoso autônomo. E o que é melhor: sem uso de medicamento ou cirurgia.
Fonte: Equilibrium brain Center