As causas mais comuns de distonias são as causas genéticas, em crianças e adolescentes, enquanto nos adultos normalmente ela é esporádica (e focal). O gene que está mais frequentemente relacionado às causas genéticas é o DYT1, mas existem outros como DYT4, DYT5 e DYT6, que também são causas conhecidas de distonias ou distonias-plus (aquelas onde ocorre a distonia mais outra manifestação neurológica, por exemplo, parkinsonismo, como na distonia associada à mutação no gene DYT5).
Cabe lembrar que as distonias também podem ser adquiridas, no contexto, por exemplo de doenças cerebrovasculares, ou podem ser de origem metabólica, por exemplo, na doença de Wilson, em que o metabolismo do cobre está alterado e a impregnação deste elemento no cérebro pode provocar distonia (ou parkinsonismo).
Causas menos comuns seriam aquelas relacionadas a outras doenças genéticas nas quais a distonia é apenas um dentre os múltiplos outros sinais e sintomas encontrados. Por exemplo, diversas doenças neurodegenerativas raras podem cursas com distonia: ataxias espinocerebelares, neurodegeneração por acúmulo de ferro cerebral e parkinsonismos atípicos.
Fatores de risco
O principal fator de risco para distonia, está presente nas formas hereditárias, nas quais o gene com mutação poderá ser transmitido para outras gerações. Isto é particularmente importante nas formas autossômicas dominantes e em casamentos consanguíneos. Os portadores da mutação terão maior chance de manifestar distonia que indivíduos sem o gene com mutação. A chance dependerá de diversos fatores como tipo de herança e penetrância do gene.