Eu sou assim mesmo, um poço de…

20 de junho de 2019

Eu sou assim mesmo, um poço de segredos. Uma carta gigantesca e tediosa que poucos querem ler. Tão complicada quando se diz há respeito do que sinto e ao meu jeitinho de ser. Às vezes feliz. Às vezes triste.

Sou uma caixa fechada cheia de mistérios e surpresas. Sempre vou surpreender-me com alguma atitude inesperada. Sempre vou ser essa caixa difícil de abrir.

Eu sou assim, difícil. Assim as pessoas não chegam muito perto, assim não me machuco tanto. Às vezes quando a dor emocional permite penduro minha alma no varal e deixo as coisas ruins evaporem, mais tem dias que eu simplesmente não consigo estender o braço o cansaço é tanto!

Eu sou assim mesmo, sinto, eu sei,  percebi que as pessoas gostam de desafios, gostam de querer ter o que não tem,  entender o que não tem explicação e dão mais valor ao que foi difícil conquistar.

Gosto de inovar, o igual é cansativo demais. Não uso roupas de marca e nem a que está na moda. Uso apenas roupas e combinações que me agradam. Meu guarda-roupa contém mais calças jeans do que vestidos.

Sei ser fria com quem merece.

Sei ser legal com quem me respeita.

Sei ser má com quem quer dar uma de espertinho pra cima de mim.

Quando é para falar, eu falo mesmo e algumas vezes falo até o que não devia. Mas quando é para falar sobre o que sinto, sou um túmulo.

Deixo tudo guardadinho bem no fundo para que ninguém veja, e se perguntarem, vão ter o meu lado “superficial” e as pessoas acham que estou me “abrindo” seria melhor meu silêncio como resposta. Não porque eu não queira contar, falar, – algumas vezes eu queiro deixar sair – é que às vezes não sei como, me faltam palavras para descrever tanto sentimento acumulado, e provoca tanta desordem no meu coração mais que bagunçado e teimoso. Sim, teimoso.

Quantas vezes eu me aviso para  tomar cuidado! para não me apaixonar?

Quantas e quantas vezes disse para ele não se iludir? Várias, várias e várias vezes. Mas é como eu sempre digo ninguém me ouve, nem mesmo meu próprio coração. Todos fingem serem surdos para não ouvir o que tenho a dizer. Já me acostumei com esse fato. Mas só porque eu não digo, não quer dizer que eu não sinta.

Eu sinto, sinto mais do que deveria. Sinto pena, sinto vontade, sinto raiva, dor, saudade e sinto amor, nasci carente, nasci assim um tumulto de emoções, a distonia tem algo a ver com isso? Acho que não, mais confesso que antes o tumulto era “controlado”, hoje em dia o “tal” controle que eu achava que tinha subiu no telhado.

Levo minha vida a serio e fazendo minhas obrigações, respirando, sobrevivendo. E principalmente, tentando fazer todos a minha volta se sentirem melhor. Porque isso é o que quero fazer, estou me dedicando a isso, fazer quem amo feliz. Meu jeito sempre foi assim desde pequena, sempre tive esse jeito meio rabugento meio engraçada. Quem me vê em alguma rodinha de amigos conversando, nunca irá imaginar que escondo um coração quebrado. E mesmo tendo esse coração quebrado nunca deixei de sorrir. Nunca deixei de sair pra viver a vida  me divertir. Nunca deixei de estender minha mão.  Gosto de diversão e bagunça menos a bagunça dos meus sentimentos.

#falandodemimesobremim – Nyll Soares

 

 

 

 

Posted in Minha Vida by Administradora - Nilde Soares

Leave a Comment