Eu cuido da minha saúde pois estou parando de me auto sabotar…acho que ajuda também eu nunca ter gostado de me vitimizar.
Eu não me auto saboto quando consigo me “controlar” quando opto pelo diálogo (não é sempre que consigo, devo confessar que é bem difícil), quando consigo evitar una discussão no calor da raiva!
Eu não me auto saboto quando respeito e aceito a pessoa como ela é, mesmo com seus defeitos!
Eu não me auto saboto quando me percebo também responsável pela minha saúde, pois estou aprendendo a ceder e não me amargurar, estou me adaptando… Antes eu simplesmente me afastava, e esperava que as pessoas adivinhasse minhas angústias!
Eu não me auto saboto quando admito que não tenho total segurança sobre meus atos, quando admito que preciso de terceiros!
Culpa, medo, insegurança, covardia, raiva, desejo de vingança, acomodação… muitos eram os sentimentos que me levavam a continuar fracassando, a continuar fazendo as coisas da mesma maneira, a não querer deixar ir estes sentimentos dentro de mim, essa parte, em geral dizem que é INCONSCIENTE e REPRIMIDA, mas ela existe… e era o que me impedia de progredir, impedia que eu obtivesse êxito profissional, emocional, que eu me sentisse merecedora de ser FELIZ…
Estou conseguindo manter o que conquisto, manter minha própria felicidade, manter amizades, hoje consigo dizer que AMO alguém (mulher, homem, papagaio ou periquito, assim como dizer quando NÂO gosto), já não tenho mais tanta vergonha de mim… eu sempre me perguntava porque eu sempre estragava TUDO que eu conquistava?
Por que eu conseguia emprego, crescia profissionalmente, e quando tudo estava “fluindo”, estava sendo admirada, elogiada eu não acreditava… e jogava tudo NO LIXO?
Com muita conversa (né Jorginho) e analise eu descobri por que isso acontecia!
Em 1916, Freud escreveu um artigo que explica comportamentos que ainda hoje praticamos. O nome do seu artigo foi: “Os que fracassam ao triunfar”.
Em outras palavras, existem pessoas que tem medo de ser felizes e se auto boicotam… Você acha isso estranho? Mas é um comportamento bem comum, e arrisco dizer, muito provavelmente você, já se auto- sabotou… e nem se deu conta disso!
O que Freud queria explicar era que, por alguma razão ‘complicada’ (subjetiva), alguns indivíduos tem dificuldade em lidar com o prazer da realização, com a satisfação, com a conquista. Eu Nilde, pensei, como assim?
Ao lidar com a realização ela (e) se sente angustiada (o). Muitas vezes essa sensação não é consciente. É como se essa pessoa “não merecesse” ser feliz!
É interessante perceber que, por mais que essas pessoas tenham “quase tudo”, elas estão sempre se boicotando, e o pior de tudo, não percebem que são elas mesmas as responsáveis pela sua própria infelicidade!
Então parei de ACHAR…e comecei a ME escutar, resolvi me empenhar e tomei as rédeas de mim. Enfim! termino aqui meu devaneio concluindo o seguinte: “Amar virou coisa de gente corajosa”.