O que eu, distônica, penso em relação aos amigos
Sei que não sou mais a mesma, fiquei mais retraída e não gosto de ficar em evidência, pra que ninguém perceba algo errado em mim.
Muitos dos amigos que eu pensava ter se foram, mas ganhei novos. Digo até que comecei a fazer parte de uma grande família chamada “família D”, uma família que entende minhas angústias e limitações, que me orientam e dão ótimas dicas para melhor viver. Digo até que existia um Eu antes e um Eu depois de fazer parte dessa família.
Voltando aos amigos, fico muito chateada quando me olham com aquela cara de dó, como se estivessem me dando uma sentença de morte. Não estou morrendo, não ainda, simplesmente tenho algo que tentará me derrubar, mas eu não vou me deixar levar sem uma boa peleja.
É progressivo? Degenerativo? Sim! Mas eu consigo driblar sua evolução com tratamentos, atividade física e muito bom humor (apesar de me acusarem de não ser bem humorada rsrs).
Gosto sim que se preocupem comigo, que venham me visitar, mas não demonstrem que estão vindo apenas por ter pena de mim…, mas sim para se divertirem.
Tremo? Tenho espasmos, por vezes fico como um robô? Apresento algumas limitações físicas? Não sou autossuficiente como antes? Sim, mas minha essência e vontade de lutar continuam as mesmas.
Continue me ajudando a sorrir. Sei que em alguns momentos ficarei rabugenta, chata e vou me isolar, e querer que o mundo acabe. Não desista de mim!
Venha me resgatar e assim que a toxina começar a agir no meu corpo, voltarei a ficar bem…